A ESSÊNCIA DE UM BUROCRATA

a hipocrisia da esquerda caviar

Costumo dizer que um burocrata nada mais é do que um oportunista  que ganha a vida enfiando a mão no bolso de quem trabalha e produz riqueza, ao mesmo tempo em que cria mecanismos cada vez mais intervencionistas para realizar tal façanha. Assim costuma ser o modus operandi de um prefeito, governador, presidente e legisladores. Sedentos por permanecer no poder e usufruir de bonécias, criadas por eles mesmos, às custas dos nossos impostos, estes  prometem  obras faraônicas e soluções fora da realidade para conquistar os votos dos eleitores, sob o pretexto de resolver as demandas sociais mais emergentes. O problema é o caminho escolhido para tentar alcançar tais pretensões.

O modelo esquerdista visa sempre cobrar cada vez mais impostos sob a justificativa de prometer mais ”justiça social” em prol dos mais necessitados, pois, sem dinheiro em caixa, não seria possível prover os serviços ditos essenciais à  população. Porém, o que os políticos de esquerda não costumam dizer para seus eleitores é se o modelo  de expansão estatal com criação de mais empresas públicas, mais cargos de confiança por empossamento de caciques políticos, visto por muitos entusiastas como um modelo supostamente milagroso, terá sucesso a longo prazo. Sempre que políticos criam mais impostos, menos dinheiro terão os mais pobres para gastar com suas necessidade imediatas. E a inviabilidade deste modelo surge quando vemos hospitais com filas enormes de pacientes demandando por serviços de saúde, professores da rede pública de ensino com baixas remunerações e policiais mal pagos pondo suas vidas em risco.

Tanto os mais pobres quanto a classe média ficam com menos opções de escolha para suprir suas necessidades sociais, que poderiam ser atendidas pelo mercado. Com menos dinheiro no bolso, abocanhado pelo Estado, todos viramos clientes cativos de burocratas que se arrogam à pretensão de cuidar dar nossas vidas sem ter a menor consciência sobre as nossas necessidades individuais.

Se a esquerda se preocupasse mesmo com os mais pobres e tivesse em sua agenda política  a luta pela diminuição das desigualdades sociais, a lógica não seria a de arrancar mais dinheiro do bolso dos trabalhadores, e sim pensar em um modelo de gestão pública que estimulasse a criação de mais riqueza, essa sim, a verdadeira força motriz do crescimento de uma nação. Pensaria em controlar e diminuir os gastos do Estado, não  em expandí-los de forma desenfreada e sem limites.  Se preocuparia em alocar os recursos públicos em serviços realmente essenciais para atender as necessidades da população, não em criar empresas estatais cuja anatomia burocrática remete ao modelo soviético.  Políticos compromissados em fazer boa gestão pública não deveriam pensar em aumentar os privilégios do cargo, cujo preço é pago por todos os contribuintes. Visaria  sim, diminuí-los . Governantes e deputados de honra jamais aumentariam os próprios salários a níveis surreais se o povo fosse de fato suas prioridades.

Enfim, enquanto o eleitor não buscar  maior interesse por política, todos nós seremos sempre reféns das armadilhas retóricas que prometem um paraíso na Terra, mas que no fundo servem de subterfúgio para se criar mais impostos e diminuir a capacidade de provisão material das pessoas. O eleitor precisa entender que um burocrata visa essencialmente 3 coisas:

1- criar leis que limitam as liberdades individuais, pautados na ideia que o controle  do Estado sobre todas as atividades humanas pode nos conduzir à harmonia;

2- criar mais impostos para dar manutenção ao status quo político, de modo a gastar os recursos para aparelhar mais o Estado e instituir mecanismos de controle social, dos mais diversos tipos;

3- se perpetuar no poder para poder continuar praticando os dois primeiros itens.

Anderson Pimentel Damian

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