MERCADO: herói ou vilão? Ou: LIBERALIZE-SE!

Foto satelite coreias coreia sil norte

Foto tirada por satélite, do contraste da noite norte-coreana com a sul-coreana. Um mesmo povo, um mesmo idioma, separados pelo socialismo.

O cerne do debate entre liberais e socialistas é o que pensam em relação ao mercado e ao Estado. Primeiro temos que esclarecer o que representa o mercado para ambos.

  • Na visão do socialista, o mercado é representado pelas grandes corporações, que acredita tratar-se de exploradores dos mais pobres, logo, vilanizado. Afinal, pagam baixos salários (valor subjetivo).
  • Na visão de liberais, o mercado é o cidadão comum, empreendedor, que identifica uma demanda não atendida da sociedade e prontamente supre essa necessidade social em troca de dinheiro. Afinal, nenhuma empresa começou enorme e líder, se ficou grande foi por mérito em atender demandas sociais.

 

É muito fácil desmistificar quem está com a razão sobre qual é a cara do mercado. Quantas padarias existem no mundo e quantas fábricas de refrigerante existem? Quantos pipoqueiros e quantas montadoras de automóveis têm no mundo? Quantos armazéns, mercadinhos, quitandas, camelôs, advogados, arquitetos, dentistas… e quantas empresas de aviação, siderúrgicas e petroleiras existem? Uma comparação que deixa ainda mais evidente quem tem a razão é se fazer a pergunta: quantos consultórios médicos existem na minha cidade e quantos hospitais têm? O médico, profissional liberal, é o pequeno empreendedor, os hospitais são as grandes empresas.

Com essas simples perguntas fica evidente que o que o liberal chama de mercado representa 99% do mercado, e ele não despreza os outros 1%, que são apenas pequenos que cresceram por mérito. Já o que o socialista chama de mercado é exatamente esse 1%, que ele considera um explorador, logo, coloca os outros 99% no mesmo bojo de ‘canalhas exploradores’, incluindo o tio que vende churros na porta da escola, que é dono do capital, e está atendendo a demanda por calorias da fase de crescimento. (Não vou entrar no mérito da teoria da exploração socialisita)

Em resumo, qualquer profissional liberal ou empreendedor é um agente do mercado.

O mercado deve ou não sofrer regulação estatal?

O livre mercado se baseia em tocas voluntarias entre agentes pacíficos, via contrato. A ação do Estado se baseia no uso da força das armas, apoiada no monopólio da violência, para impor sua regra. Inverto a pergunta: Por que inserir a força da arma, a violência, numa relação entre indivíduos pacíficos, onde um lado pode simplesmente dizer “Não, não aceito comprar. Obrigado!”?

Meu professor de história falou que o mercado não regulado tende ao monopólio

Sim, eles falam. O que, aliás, é surpreendente para alguém que já respira. Pensar seria muita exigência.

Esse é um dos chavões mais comuns e mais errados sobre o livre mercado. Ele é repetido por mera preguiça de pensar. Primeiro, não existe maior monopólio que o próprio Estado, eles têm o monopólio da justiça, da polícia, dos correios, do petróleo, do gás, das estradas etc. Segundo, não existe monopólio ou oligopólio sem a proteção estatal. A única maneira de forçar um empreendedor a vender sua empresa ou desistir de entrar no mercado contra a sua vontade, é pondo uma arma em sua cabeça. Se outro empresário faz isso, vai preso. Então, o empresário investe em lobby para que o único agente possuidor do poder de fazer isso sem ser preso o faça por ele. Qual o agente tem o monopólio do uso da violência contra um cidadão pacifico? Bingo! O Estado.

O excesso de regulação serve para afastar novos concorrentes de determinado seguimento de mercado e até mesmo fechar estabelecimentos pela falta de cumprimento de pequenas regrinhas absurdas. Quanto mais burocracia, maior o dispêndio financeiro para abrir e manter um negócio. Isto faz com que pequenos empreendedores regionais desistam de entrar num seguimento muito fechado por regulações. Obviamente, isso protege o grande empresário que está disposto a manter sua liderança folgada no mercado, mesmo que isso lhe custe algum dinheiro a mais com burocracias e adaptações. Ele ganhará mais na quantidade de vendas. O excesso de regulação impede a livre concorrência.

No Brasil, é comum grandes empresas financiarem campanhas eleitorais de partidos políticos. Em troca recebem proteção estatal, regulando em excesso, e financiamentos ilimitados, a juros camaradas via BNDES, bilhões de reais, esmagando o concorrente menor e evitando a criação de novas empresas no ramo.

Quem sofre com a regulação excessiva? A população mais pobre, como sempre. Poderiam estar empregados nessas novas empresas que deixam de existir; poderiam pagar por produtos mais baratos, fruto da concorrência de preços; poderiam escolher uma maior variedade de empresas com serviços diferenciados; poderiam ganhar mais com a concorrência de salário entre as empresas.

O Estado deve taxar o mercado com altos impostos?

A livre associação comercial entre indivíduos se baseia em quem produz algo (o produtor) para satisfazer a necessidade de quem demanda por um produto (o consumidor). O Estado não participa do processo em momento algum, desde a fabricação até o consumo. Deveríamos, mais uma vez, inserir o agente armado numa transação pacifica? Se o agente com a arma na mão não participou do processo, por que ele deve lucrar? Isso não é roubo? Não é o que a máfia italiana fazia em Chicago ou os milicianos na zona oeste do Rio de Janeiro? “Me de dinheiro em troca de sua segurança ou você será preso. Se reagir, morre como um bandido”.

O dinheiro roubado do empreendedor, pelo Estado, poderia ser investido em qualificação dos profissionais, investimento em novas tecnologias para melhoria de produtos e redução de custos, comissão por produtividade, maiores salários para atrair melhores profissionais para sua empresa, redução do percentual de lucro para ganhar dos concorrentes com melhores preços etc. Todos ganhariam com isso, funcionários com mais dinheiro e um currículo melhor, o empreendedor com um lucro maior e a sociedade com produtos e serviços melhores e mais baratos. Claro, isso seria muito melhor para os mais pobres, já que os ricos estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços diferenciados. Porém, hoje, esse dinheiro vai para escolas que formam analfabetos funcionais, buracos em ruas, policia despreparada, hospitais-açougues assassinos de pobres e para o bolso dos políticos corruptos, claro!

Mas e o acúmulo de capital?

O socialista enxerga na redução de impostos, obtuso que é, mais um motivo para acumulo de capital na mão do empreendedor, sem saber, pouco informado, que no livre mercado, se você deixa de reinvestir parte do seu lucro, você é engolido pela concorrência, pois manterá preços altos, péssima qualidade de produtos e um péssimo atendimento ao cliente em relação às outras empresas do ramo.

Na nossa atual social-democracia sim, temos um forte acúmulo de capital! O empresário prefere investir em lobby com políticos do que em tecnologia para produzir mais por menos. Mas a pior concentração de capital é a do Estado, acumula cerca de 40% de toda riqueza produzida pela sociedade. Ele não produz nada, apenas rouba, à mão armada, de quem produz, e concentram quase metade de tudo que é produzido por todos nas mãos de meia dúzia de gatunos pingados.

Existem dois tipos de sociedade: a comercial (liberal), que se baseia em trocas voluntarias e acordos. E a sociedade militarizada, onde o Estado usa a força para impor sua vontade a todos, independente da vontade de todos. É nessa segunda vivemos hoje, uma social-democracia parida pelo fascismo! Mas é nesse tipo de sociedade que você quer continuar vivendo? Ou quer construir um NOVO futuro? Liberte-se, LIBERALIZE-SE!

Bruno Leite

Sobre Brasil ao Leite

Carioca, flamenguista, liberal e cachorreiro.
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